terça-feira, 21 de junho de 2011

E agora, meu filho virou um “Mordedor”?



Mesmo com o olhar atento das professoras de educação infantil, as crianças, costumeiramente chegam em casa com alguma mordida. Para os pais que ficam sabendo que seu filho, um doce de criança é um “mordedor”, ficam muito constrangidos. Já os pais da criança que recebeu a mordida, ficam muito aborrecidos. Da mesma forma, para as professoras, não é nada fácil ter que se justificar e explicar esses acontecimentos. O assunto em questão é que a mordida não é um tema fácil para os adultos aceitarem e ninguém quer ver seu filho identificado como o “mordedor” da turma.
Porém, em algum momento, isso vai ocorrer com praticamente todas as crianças. Crianças de até dois anos de idade, usam a boca como instrumento de comunicação e interação com o mundo, é por essa razão que é muito comum colocarem qualquer objeto na boca. Elas sentem prazer em sugar e dar as “mordidinhas”, sendo também uma maneira de explorarem o ambiente a sua volta.
O que deve ser compreendido pelas famílias é que a criança não tem intenção de machucar. O bebê quando coloca a boca em uma parte do corpo da mãe, por exemplo, pode até machucá-la, mas não com a intenção de feri-la. Quanto mais nova é a criança menor é a noção que ela tem sobre sua própria força, esse ato é com o intuito de se relacionar e interagir com a sua mãe. No momento que a criança vai crescendo, ela vai conhecendo melhor seu próprio corpo e lidando com isso de uma maneira diferente também. A mordida é a forma mais rápida e eficaz que a criança encontra para mostrar que quer pegar um brinquedo que outra criança possa estar brincando, ou então mostrar a mãe sua insatisfação por ela ter lhe negado algo.
Quanto ao adulto, frente a essas situações, cabe mostrar a criança que ela não pode morder porque isso machuca e causa dor, além de deixar o amigo triste. Outro ponto importante de mostrar é o que causou a mordida, nomeando os sentimentos de forma clara, pois com isso a criança começa a compreender que existem outras maneiras de expressar seus desejos. Aos poucos a criança percebe que através das palavras consegue relacionar-se melhor e passa a não precisar mais empurrar, morder, puxar os cabelos, entre outros comportamentos tão comuns nessa idade.
Mesmo que reações como essas sejam comuns nessa faixa etária, é importante estar atento para a freqüência em que elas ocorrem, pois podem ser uma forma da criança mostrar que está com algum sofrimento, sendo algumas vezes necessário procurar a ajuda de um profissional especializado para auxiliar os pais no alívio dessa dor. Mas o que deve ser lembrado, é que por mais que essas mordidas assustem, é completamente natural nessa fase do desenvolvimento infantil e que com o tempo elas tendem a cessar, assim como outros comportamentos comuns nessa idade.

Texto elaborado pelas psicólogas:
 Cristiane Friedrich Feil (07/19104) e Juliana Abulé (07/18643)
 Contato: cristianefeil@gmail.com

Gostei da ideia


Estou gostando dessa ideia de ser pai, de início minhas emoções eram compactadas, não achava nada engraçado essa carinha redonda.
            É o oposto, nesses leves dias. Me apaixonei por você, tomei gosto por sua boca sem dentes, essa sim: a babada. Passei a admirar o movimento das suas mãozinhas brancas e deixar minhas mãos te dar uma grande proteção.
            Os seus balbuciados engraçados, acompanhados das gargalhadas finas, e seus olhinhos claros me dizem muito.
            Estamos aqui, deliciando a mais saborosa papinha. Ah, é banana amassada com mel, preparada pelo seu genitor.
            Meu anjo, a sua felicidade abranda meu coração.
Obrigado, obrigado mesmo!


Mateus André